sábado, 26 de maio de 2012

História do Orgão

orgão

Afinal, quem teria inventado o órgão, conhecido instrumento musical, geralmente instalado nas igrejas, utilizando originalmente o vento e teclado?
Alguns autores citam o nome de Jubal, filho mais novo de Lameque e Ada, como inventor da harpa e da flauta e talvez os hebreus fizessem uso de algum instrumento rudimentar e semelhante ao principio mecânico do órgão; afirmam também que o órgão teve como seu antecedente a Flauta de Pan.
Mais adiante, próximo a 170 a.C, descrito por vários autores, há um revezamento do inventor do órgão, ora Arquimedes ora Ctésibios (Ctesibio, Ctézibro, Ktesibio).
Aprofundando-se um pouco mais, poderemos agraciar aos dois gênios inventores com as seguintes descrições:
1) O mais antigo instrumento conhecido do gênero foi apresentado por Ctesíbio de Alexandria, muito antes de Cristo, ao tempo de Ptolomeu VII.
Era um instrumento hidráulico; funcionava metido numa caixa de água onde havia duas bombas de ar. O curioso órgão hidráulico era provido de um grande teclado e de 8 a 10 tubos;
2) Afirma-se que o primeiro órgão de tubos foi inventado por Arquimedes, cerca de 229 anos antes de Cristo, mas de qualquer forma esteve em uso o órgão hidráulico de Ctesíbios até o século IX (Testemunho de Casiodoro e Santo Agustín ), quando apareceu o órgão pneumático, movido por foles manuais; daí o nome de órgão de foles, designação que prevaleceu até aos nossos dias.
Porém, no Ocidente Século VIII, o mais antigo órgão de que a história faz menção é aquele que o imperador de Bizâncio Constantino Copronimo enviou em 755 ou 757 a Pepino o Breve (ou O Pequeno), e que foi colocado na igreja de S. Cornélio, em Compiègue; cita-se em seguida aquele que o califa de Bagda enviou a Carlos Magno. Estes órgãos eram muito pequenos e portáteis. Quando se construíram outros maiores foram chamados positivos, porque eram assentes no solo. Este nome foi conservado a um teclado do instrumento moderno, que põe em ação um pequeno órgão separado do resto dos jogos.
Posteriormente, o órgão alastra-se pela Europa; Todavia, não podemos assegurar, sem uma pesquisa mais intensa, quais foram os paises que predominaram na sua fabricação.
A descrição do órgão é muito difícil, por causa da surpreendente variedade que existe na construção e nas proporções desse instrumento. Outro fator complicador é que para um mesmo instrumento, escritos em latim, árabe, catalão, galego, castelhano e vários outros dialetos de outros paises, com ortografia própria e rudimentar, referiam-se os especialistas praticamente ao mesmo instrumento.
Um simples grupo de tubos afinados cromaticamente, correspondendo a um teclado e postos em ação por um fole, e aí temos um pequeno orgão.
Nos tubos nunca se excedeu, para o maior, a altura de 32 pés (450 kg de peso); é o que dá a nota mais grave.
Quanto aos tubos menores, que dão sons de uma agudeza extrema, não excedem 8 a 10 mm; É a forma variada destes tubos, e também á substancia empregada no seu fabrico, que se devem as diferenças de timbre que são a riqueza e uma das originalidades do órgão.
Uns são cilíndricos, outros cônicos, estes estreitados na parte superior, aqueles alargados; há os abertos, tapados, com orifícios, etc.
Esses tubos dividem-se em dois grupos bem nítidos; os jogos de fundo e os jogos de palheta, que se sub-dividem cada um em duas séries.
Encontram-se nos jogos de fundo de uma parte os jogos de flauta ou jogos abertos, e da outra os jogos de bordão ou jogos tapados, os primeiros de uma sonoridade aberta e franca, e os segundos de uma sonoridade mais pesada e mais espessa.
Nos jogos de palheta distinguem-se as palhetas livres, de som doce, acariciador, e as palhetas batentes, de som mordente, vibrando por vezes com rudeza.
Há ainda uma terceira série de jogos, chamados " de mutação" , cujo efeito único, extraordinário, é absolutamente especial ao órgão; cada um desses jogos compõe-se de quatro, cinco ou seis, e mesmo de dez tubos para cada nota. Este tubos de pequenas dimensões e de um som agudo, são afinados em terceira, quinta ou quarta, oitava, dupla terceira, etc., de maneira que cada nota faz ouvir um acorde perfeito varias vezes dobrado.
Resulta assim que o organista pode fazer varias notas seguidas sem dar lugar a séries de terceiras maiores, de quintas e de oitavas, cada uma das notas que entram na sua composição faz ouvir outros tantos acordes perfeitos duplos ou triplos, de modo que parece dever resultar uma cacofonia espantosa; mas, por uma espécie de magia, quando estes jogos estão unidos a todas as espécies de jogos de flauta de 2, 4, 8, 16 ou 32 pés abertos ou tapados, resulta desta mescla o conjunto mais surpreendente e majestoso que se possa imaginar.
Geralmente, os pequenos órgãos não tem mais do que um teclado. Mas os grandes instrumentos tem dois, três, quatro e mesmo cinco, sobrepostos em anfiteatro, e mais um pedal. Quando o órgão tem cinco teclados, o primeiro é chamado positivo, o segundo teclado de grande órgão, o terceiro teclado de bombarda, o quarto teclado de descrição e o quinto teclado de eco.
O vento, nos órgãos, é distribuído por grandes foles em canais que comunicam com o interior dos someiros.
Com o passar do tempo, o órgão foi adotado definitivamente  para os chamados serviços religiosos, e, a partir dai, talvez pela organização dos registros, pode-se estudá-lo com maior precisão e intensidade.
No século X surge o órgão portátil, com 4 ou 5 tipos de tubos e já munido de registros denominados de regal (régale).

Um comentário:

  1. Meu Pae Geraldo José da Cruz, desenvolveu o painel eletrônico, através de tecnologia, recebida da Rússia. Construiu, os primeiros órgãos eletrônicos do Brasil, substituído, os de válvula, iniciou a fábrica Gambit, num desacordo como. Saiu e abriu a fábrica Jubal de órgãos eletrônicos. Este saudoso era Geraldo José da Cruz

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